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Autocrítica: 7 atitudes que me ajudaram a diminuí-la

Sumário

Imagine a seguinte situação: você tem um amigo que, na primeira oportunidade em que te vê, diz o quanto você está feio. Aquela amiga que te diz que você não é bom o suficiente no seu trabalho. Ou aquele amigo que te compara com os outros e constantemente te lembra que você não é tão bom quanto eles.

Você gostaria de ter alguém assim em sua vida? É, imagino que não. Então, por que aceitar isso tudo quando vem de você?

Muitas vezes este excesso de autocrítica nos desanima e prejudica. Perdemos oportunidades porque pensamos que não somos capazes. Nos escondemos com medo de sermos motivo de chacota. Todos nós já estivemos lá.



Durante anos fui uma crítica ferrenha de mim mesma. Eu sentia que não era boa o suficiente para nada. Não era inteligente, bonita, engraçada, disciplinada, etc. Tudo isso me deixava muito ansiosa e, depois de um tempo – e de muitas reflexões acompanhadas por uma terapeuta maravilhosa – eu mudei muito da forma como pensava sobre mim.


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Todos aqueles julgamentos bobos e cruéis começaram a ser silenciados e hoje tenho uma vida muito mais leve. É claro que é quase impossível eliminar 100% da autocrítica, mas há formas de diminuí-la – e muito –, e é isto que vou te mostrar aqui através de sete atitudes simples.

 

1. Tome consciência de suas autocríticas e inseguranças

Elisabeth Kubler-Ross já dizia que o luto tem 5 fases: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Sendo que esta última, a aceitação, é o estágio em que não existe mais desespero e é possível enxergar tudo como realmente é, com clareza. Isto, por consequência, te faz estar pronto para enfrentar seus problemas de forma mais simples e realista.

É assim que enxergo este momento também com relação à vencer nossos medos e inseguranças. Por isso é importante reconhecer a raiz de um problema. Se você não reconhece o inimigo nem suas artimanhas e estratégias para te prejudicar, não conseguirá resolver nada. 

Portanto, o primeiro passo para a mudança é reconhecer o problema. Entender o que está acontecendo e como ele lhe faz sentir-se.

Quando comecei a frequentar a terapia eu falava no quanto eu queria ser melhor. Queria ser uma pessoa melhor, uma profissional melhor, etc. Eu achava que não era boa o suficiente. Mas tudo isto me fazia sentir pior ainda. Ficava triste e frustrada porque não era boa o suficiente. 

Então, quando reconheci que ser cruel desta forma comigo não estava me ajudando – de fato estava apenas prejudicando – e que me sentia cada vez pior, percebi que precisava mudar a forma como pensava sobre mim mesma. 


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2. Compreenda que você não vive em uma realidade aumentada

Na realidade aumentada, basicamente, o mundo real é misturado com o virtual – ou seja, com algo que não existe, de fato. Você pode até sentir que tudo é real, mas quando para e pensa percebe que muito do que vê não está ali.

Então, quantas de suas críticas sobre si são realmente verdadeiras e quantas são “realidade aumentada”? Aposto que a maior parte.

Tendemos a ser muito pessimistas quando nos olhamos no espelho – não apenas literalmente. Tendemos a nos comparar com outras pessoas – que mal conhecemos – e a pensar no quanto somos inferiores. Mas, quanto disso tudo é realmente verdade? É, eu sei… quase nada.

Portanto,  comece a refletir sobre quantos dos seus pensamentos são realistas. Você é realmente tão ruim no que faz quanto pensa? Você acredita que é tão sem graça que ninguém vai gostar de você? Ou que a forma como seu cabelo está estranho hoje vai te fazer parecer horrível?

Por isso, seja realista e vai perceber que, na verdade, a maioria dos pensamentos negativos que tem sobre si foram tão supervalorizados quanto o preço do litro da gasolina nos últimos meses.

 

3. Imagine o pior cenário caso seus pensamentos fossem verdade

Vamos lá, imagine a seguinte situação: Você acorda certo dia, olha para seu reflexo no espelho. Cara amassada, uma marca gigante na bochecha que mais parece a cicatriz do Al Pacino em Scarface, aquele moletom com um pingo de alguma coisa que você comeu ontem – o que foi mesmo, pra deixar uma mancha tão estanha?! – e o cabelo, então… você entra num monólogo sem sentido tentando se convencer de que um passarinho entrou no seu quarto e preparou um ninho no seu cabelo.

Mas há algo além de toda a maré de auto piedade que sente ao olhar para seu reflexo recém desadormecido no espelho, você se sente um lixo. E tem uma voz lá dentro dizendo que você não vai conseguir, que você não é bom naquilo que faz ou quer fazer. Que talvez você devesse desistir. Afinal, se é bom, qual o ponto em tentar?

Por um momento, num lapso de sanidade, você se recupera e permite seu retorno à terra.  Neste momento, pensa em qual seria o pior cenário que poderia acontecer se você, realmente, não fosse bom o suficiente?

E, num “momento Eureka”, você tem a epifania de sua vida e começa a pensar que nem tudo é tão ruim que não possa ser resolvido. Que você já resolveu problemas muitas vezes antes e que, no fim, tudo deu certo – geralmente saindo melhor do que esperava.

O que quero dizer é que, na pior das hipóteses, se você realmente não é bom naquilo que faz, pode estudar muito para evoluir. Geralmente, o pior cenário não é tão horrível quanto a gente pensa. E digo mais: na maioria das vezes nunca chegamos a enfrenta-lo de fato. E, acima de tudo, quase sempre há uma alternativa plausível para resolver os problemas encontrados no cenário mais apocalíptico que você imaginou.

 

4. Seja tão gentil consigo quanto seria com uma criança

Eu iria dizer para ser gentil como é com os outros, mas pode ser que isto não funcione  para algumas pessoas. 

Então, lá vai: seja gentil e encorajador como você é com uma criança de 3 ou 4 anos. O que você diz a si mesmo que não diria a ela? Você olharia para uma criança e diria que ela é feia? Que ela nunca vai alcançar seus sonhos ou que ela é uma fracassada e covarde? O bom senso diz que não, eu concordo.

Mesmo que, de fato, enxergue algum defeito real em si – sem supervalorizar, lembra?! –, você buscaria encontrar formas melhores de falar sobre ele e dar sugestões de como melhorar as coisas. Iria encorajar em vez de rebaixar. Afinal, você quer construir um bom caráter, quer construir confiança. E é isso que deveríamos estar fazendo com nós mesmos.

 

5. Mude o disco

Em vez de ouvir o mesmo disco furado o tempo todo, experimente trocá-lo por algo mais agradável. Em vez de dizer que é pior do que alguém – alerta de dois problemas aí: 1) dizer que não é bom; 2) se comparar com alguém além de você mesmo –, pense que você provavelmente será ótimo se também estudar e praticar bastante.

Não estou dizendo para viver num mundo de fantasias o tempo todo, mostrando a si e ao mundo o quanto você é o melhor. 

Todo excesso é ruim, viver bem é viver em equilíbrio.

Estou dizendo que há formas mais gentis de lidar consigo. Eu, como fotografa, muitas vezes me incomodo com alguns aspectos do meu trabalho e penso que não sou boa em edição, por exemplo. 

Em vez de ficar reclamando – tá, eu admito, eu geralmente reclamo e fico triste, mas depois mudo o disco rapidinho –, eu tento me lembrar de que se estudar, fizer um curso, ler e observar o trabalho de pessoas que admiro em busca de informação, tenho a capacidade de evoluir – assim como já evoluí muito desde o início da minha carreira. Portanto, tente ser mais positivo e faça disso um hábito.

Tente corrigir todo pensamento negativo. Sempre que pensar algo negativo, tente – sem se julgar ou se odiar por ter pensado algo negativo, apenas reconhecendo o pensamento e deixando-o ir embora –, conscientemente, substituí-lo por um pensamento positivo.

Foto: Unsplash

E não estou falando só sobre si, mas também sobre o hábito que você possui de fazer isto com os outros. Qualquer pensamento negativo é um hábito ruim, se você continuar fazendo, vai perpetua-lo. Nenhum ex-alcoólatra continua bebendo cerveja uma vez ou outra.

Quer um exemplo que como realizar essa mudança de pensamento negativo/positivo? Lá vai: “Não sou criativa. / Eu sou criativa e poderia estimular ainda mais minha criatividade lendo ou fazendo algo artesanal.” ou “A roupa da Maria é tão estranha. /   Acho tão legal que a Maria tem um estilo próprio e veste o que quer sem se importar com a opinião alheia.”

Percebe a mudança? Parar de criticar – tanto a si quanto aos outros – e mudar o disco pode fazer maravilhas. Pensamentos e palavras negativas são como um vício – um daqueles que volta pra te derrubar.

 

6. Faça alguma coisa

Caso alguma de suas críticas e inseguranças seja fundamentada, faça algo para evoluir. Se você realmente acredita que não escreve bem – ou que poderia escrever melhor –, por exemplo, procure um curso de escrita, leia mais, estude. Faça alguma coisa. Qualquer coisa.

O simples fato de fazer algo já vai te fazer sentir melhor sobre si, mais aliviado e menos crítico. Eu realmente acredito que colocar-se em movimento gera mais movimento em sua vida e coisas boas acontecem e fluem. Enquanto isso, ficar chorando num canto ou reclamando só vai te levar a mais chororô e reclamação.

 

7. Lembre-se de suas qualidades

Nós estamos muito acostumados a olhar o lado ruim de tudo – principalmente de nós mesmos.  Infelizmente, temos uma mania estranha de ressaltar nossos defeitos e achar que falar de nossas qualidades nos fará parecer esnobe.

Na verdade, reconhecer nossas qualidades não é nenhum defeito. Portanto, lembre-se delas. E não se esqueça de que não precisa se comparar com ninguém para isto, nem ser o melhor. Você só precisa pensar no que gosta em si.

No começo pode parecer difícil, porque não estamos acostumados a fazer isto, mas é um ótimo exercício. Você vai perceber que há muito mais coisas que gosta em si do que imaginava.

 

8. Lembre-se: corrigir-se é diferente de criticar

Corrija os pensamentos negativos e não perca tempo com críticas ou arrependimentos. Se acha que errou, que em algum momento não deu seu melhor, reconheça o que aconteceu, aprenda e siga em frente. 

Portanto, cada vez que tiver um pensamento negativo, tome consciência dele e substitua-o por um pensamento positivo, uma forma mais gentil de tratar a si mesmo. Pare de ser tão crítico e se colocar para baixo. 

Eu sei, no início tudo isso vai parecer um pouco falso e difícil. Você não está acostumado a agir desta forma, então, é preciso criar um habituar-se. Quem já leu “O Poder do Hábito” sabe do que estou falando. 

Depois de um tempo de prática tudo isso vai se tornando mais natural e fácil de lidar e, em algum momento, você nem perceberá, mas a mudança já aconteceu aí dentro de você.


Quer colocar estas mudanças em prática? Então faça o download de um exercício prático que preparei que pode te ajudar a se conhecer melhor e a se lembrar de não ser tão crítico consigo mesmo. 🙂


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Laís Schulz

Laís Schulz

Nômade digital, fotógrafa e produtora de conteúdo. Escrevo sobre temas complexos de forma simples. Tenho um blog pessoal onde compartilho dicas sobre marketing digital, redes sociais, fotografia e desenvolvimento pessoal. Meu maior objetivo é ajudar pessoas a melhorar suas vidas de alguma forma – seja no âmbito profissional ou pessoal. Já trabalhei produzindo conteúdo e divulgando produtos de marcas como Facebook, Nubank, Sandmarc, Cia Marítima, Sofia by Vix, NA.LOO, Kapten & Son, Paul Rich e STRONGER. ✉️ [email protected]